
O mercado imobiliário em Portugal vive um momento de autêntica aceleração, com 9% das casas anunciadas no idealista durante o mês de junho a serem vendidas em menos de uma semana. Este fenómeno, conhecido como “venda expresso”, marca uma tendência cada vez mais notória, sobretudo em algumas regiões do país, e reforça a forte procura por habitação em determinados distritos e capitais.
A análise mais recente do idealista, reconhecido Marketplace imobiliário do sul da Europa, mostra ainda que 25% dos imóveis foram vendidos entre uma semana e um mês, 29% permaneceram no mercado entre um e três meses, 30% entre três meses e um ano, enquanto apenas 7% estiveram disponíveis mais de um ano. Estes números confirmam a pressão sobre o tempo de decisão dos compradores e um ambiente de competição intensa no acesso à habitação.
Évora destaca-se como a capital de distrito com o maior peso de “vendas expresso”, onde 29% das casas foram transacionadas em menos de sete dias. Segue-se Santarém (17%), Castelo Branco (12%), Funchal (10%), Braga (10%), Leiria (10%), Ponta Delgada (9%) e Viseu (9%). Entre as grandes cidades, o Porto (7%) e Lisboa (6%) surgem abaixo da média nacional, evidenciando que, mesmo nos maiores centros urbanos, a venda rápida de imóveis é cada vez mais comum. Pelo contrário, Faro apresenta-se como o local onde menos casas mudaram de proprietário em menos de uma semana, com apenas 1% das transações nesse prazo.
No que respeita à análise por distrito e ilhas, o destaque vai para Castelo Branco, onde 25% dos imóveis foram vendidos em tempo recorde durante junho. Também Évora e Santarém (ambos com 11%), Porto e Madeira (10%), Viana do Castelo, Setúbal e São Miguel (9%), Leiria, Lisboa, Coimbra e Aveiro (8%) mostram uma dinâmica muito expressiva de vendas rápidas. Do lado oposto, Viseu regista apenas 6% de transações “relâmpago”, seguido por Faro e Braga (7%).
Estes dados reforçam a crescente pressão sobre quem procura casa em Portugal, obrigando a decisões rápidas perante um mercado onde a oferta disponível se esgota a um ritmo nunca visto. A tendência de vendas expresso, muito visível em vários pontos do território, traduz também o impacto da elevada procura face à escassez de imóveis disponíveis, contribuindo para uma volatilidade acentuada dos preços e das oportunidades.