A Universidade de Évora, a ATLA e o Município de Alandroal reuniram esta quarta-feira com vários stakeholders, no Fórum Cultural Transfronteiriço, no âmbito do projeto “Water4all”.

Dedicada ao tema: “Governança Hídrica e Gestão Eficiente da Água em Contexto de Alterações Climáticas”, a sessão teve como objetivo dar continuidade à «fase exploratória» do projeto, segundo Ana Mendes, professora da Universidade de Évora, em declarações a’ODigital.pt.

Desta forma, ainda no começo, a reunião pretendeu «a identificação dos desafios e de auscultar, do ponto de vista de cada um, quais são as soluções» para a gestão do recurso hídrico.

Assim, a professora vincou que «existem conflitos» e «divergências», mas que «na realidade existe uma consciência coletiva da necessidade de gerir este bem precioso». «Por vezes é falta de coordenação», acrescentou.

«As soluções apresentadas até agora parecem todas bastante coerentes e os stakeholders estão disponíveis para, com bom senso, encontrar as soluções mais adequadas», referiu.

O projeto conta ainda com a presença de «alguns agricultores» que expuseram as suas necessidades à organização, mas também «manifestaram o desejo de haver gestão das culturas e um olhar para o território que analise as necessidades», assim como às «questões energéticas e ao desenvolvimento de toda a componente da energia solar»

Trata-se assim de um projeto europeu «com uma dimensão muito alargada» com cerca de 90 parceiros a nível continental que pretendem «desenvolver estratégias mais impactantes e que façam uma gestão eficiente do uso da água».

Contando também com o apoio da Comissão Europeia, que «tem o interesse de promover o diálogo», até porque «a nível europeu, a gestão da água é de facto um problema complexo e leva a necessidade de os diferentes atores se encontrarem num espaço comum para poderem dialogar».

Em relação à universidade, esta parte como parceira tecnológica e científica do projeto, para que «possa agregar todos os atores públicos e privados, os agricultores, as empresas, a indústria, a academia e a e a sociedade».

Assim, vai contribuir com a «análise daquilo que são as necessidades apontadas pelas partes interessadas», para depois «fazer todo o trabalho de identificação daquilo que está implementado no terreno».

«Tudo isto ajuda o decisor político e também as próprias pessoas a aderirem ou não a determinado tipo de soluções», atirou ainda a professora Ana Mendes.

De seguida, fique com as imagens da reunião.