A OPPO, quarta maior marca mundial de smartphones, anunciou no seu Relatório de Sustentabilidade 2024 que atingiu o pico das emissões de carbono das suas operações em 2022 — dois anos antes do prazo inicialmente estabelecido. O feito, assinalado pela tecnológica chinesa como um marco na sua jornada ambiental, surge no contexto de um compromisso assumido em 2023: alcançar neutralidade carbónica até 2050 nas suas próprias operações.

Este progresso coloca a OPPO entre um número ainda restrito de fabricantes de eletrónica de consumo que demonstram resultados tangíveis na redução das suas emissões de Escopo 1 e 2. Só em 2024, essas emissões caíram 3,2%, o equivalente à capacidade anual de sequestro de carbono de mais de 500 mil árvores adultas. Ao mesmo tempo, a empresa reduziu em 9,3% as emissões da cadeia de valor, resultado de uma mobilização crescente dos seus parceiros industriais.

O relatório, o quinto consecutivo publicado pela empresa, vai além das métricas ambientais. Detalha os avanços da OPPO em inovação responsável, design sustentável, acessibilidade tecnológica e investimento social, com particular destaque para projetos culturais e educacionais apoiados em várias geografias.

“Acreditamos que a sustentabilidade não é apenas um compromisso ambiental, mas uma estratégia para construir um futuro mais inclusivo e resiliente,” refere um porta-voz da marca, acrescentando que a recente renovação da identidade corporativa – sob o mote Make Your Moment – reforça esse alinhamento entre tecnologia, impacto social e propósito.

Design ecológico e engenharia durável

A empresa implementou, em 2024, um novo modelo de embalagem leve, que permite reduzir o consumo de papel em 10 toneladas por cada milhão de unidades produzidas — o equivalente à preservação de cerca de 200 árvores. Além disso, materiais como cana-de-açúcar e bambu passaram a substituir papel tradicional em várias gamas de embalagens. Na Europa, a proporção de materiais reciclados nas caixas subiu para 55%.

Do lado da durabilidade e reparabilidade, a OPPO destaca o A3 Pro, um modelo que introduz resistência de 360° contra impactos, parte de uma estratégia de prolongamento do ciclo de vida dos equipamentos — uma medida com implicações significativas na redução do desperdício eletrónico.

Inovação inclusiva com base em IA

Com um portefólio global superior a 113 mil pedidos de patentes, 91% dos quais patentes de invenção, a OPPO mantém a inovação como pilar estratégico. A empresa integrou mais de 100 funcionalidades baseadas em IA nos seus smartphones, utilizadas por mais de 50 milhões de consumidores em todo o mundo.

A acessibilidade digital também é uma prioridade: recursos como leitura de texto em tempo real, ampliação de conteúdo e correção adaptativa de cores foram pensados para utilizadores com limitações auditivas ou visuais. No campo da saúde, os smartwatches OPPO incluem o sistema proprietário Health Insights, que recorre a sensores e algoritmos de IA para monitorizar sinais vitais e prever riscos associados à pressão arterial — num estudo considerado o maior do mundo em contexto real.

Em 2024, a OPPO canalizou mais de 450 milhões de yuans (cerca de 57 milhões de euros) para causas sociais, culturais e ambientais. Em parceria com o Discovery Channel, lançou a série documental Culture in a Shot, que celebra a diversidade cultural em 15 países. Em colaboração com a UNESCO, a empresa doou 1.000 tablets para apoiar a educação em comunidades de África e da Ásia.

No desporto, enquanto parceira oficial da UEFA Champions League, a marca lidera iniciativas que promovem a inclusão juvenil no futebol, com projetos de capacitação e infraestruturas em países como Brasil, Egito e México.

Uma estratégia global com metas locais

A OPPO reafirma, assim, uma abordagem holística à sustentabilidade — cruzando eficiência operacional, responsabilidade social e inovação tecnológica. À medida que a concorrência no setor dos dispositivos inteligentes se intensifica, a capacidade de combinar ambição ambiental com impacto real poderá tornar-se um elemento diferenciador nas preferências dos consumidores e nos critérios ESG dos investidores.

“O desafio para os próximos anos não será apenas reduzir a pegada ecológica da indústria, mas liderar um ecossistema de inovação que coloque a tecnologia ao serviço da humanidade e do planeta”, conclui o relatório.