Miguel Morgado é licenciado em Economia e doutorado em Ciência Política. Professor Auxiliar do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, foi também Professor Convidado da Universidade de Toronto e ensinou em várias universidades norte-americanas e brasileiras.
Entre 2011 e 2015 foi assessor do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e entre 2015-2019 deputado à Assembleia da República pelo PSD.
Vale a pena reconhecer que o fetiche absurdo do excedente orçamental reflecte um consenso nacional inédito em torno da necessidade de umas contas públicas equilibradas.
Ainda complexado na afirmação de uma política não-esquerdista, apesar de o país lhe ter dado uma autorização explícita para isso, o PPD hesita. Mas é urgente mostrar que é o pilar central da estabilidade do sistema.
A julgar pelas últimas semanas, Trump que se cuide, não vá a sua ânsia por isolar a China e atrair a Rússia acabar por isolar os EUA de todos os seus aliados.
A reacção dos políticos europeus foi a de choque e de escândalo. Não lhes ocorreu que esta era a enésima oportunidade concedida à Europa para assumir responsabilidades que são inequivocamente suas e assumir custos que têm de ser seus.
As presidenciais chegarão no momento em que o ceticismo da população portuguesa face aos dois grandes partidos tradicionais provavelmente vai atingir o seu ponto máximo.