
A empreitada é realizada no âmbito do investimento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sendo um projeto do arquiteto João Mendes Ribeiro.
Os candidatos devem apresentar propostas até 03 de abril próximo na plataforma Vortal.
Este concurso completa os anteriores quatro internacionais, lançados nos últimos três meses e já terminados, refere o OPArt, que tutela o teatro lírico lisboeta.
As empresas já selecionadas "irão iniciar nas próximas semanas os diferentes trabalhos do projeto de intervenção na componente de conservação e restauro".
As áreas de atuação são quatro: projeto de conservação e restauro da sala principal, no valor de 800.000 euros, a iniciar "em meados deste mês", o projeto de conservação e restauro e de reconversão dos lustres e apliques históricos para tecnologia LED, no valor de 550.000 euros, a iniciar também este mês.
Uma terceira área é a conservação e restauro de todo o mobiliário de assento do teatro (cadeiral da plateia, cadeiras de camarotes, canapés, bancos e banquetas das zonas públicas), no valor de 500.000 euros e que se inicia no próximo dia 10, e, finalmente, o de conservação, restauro e reprodução dos tapetes da Manufatura de Beiriz, que preenchem toda a zona pública, no valor de 269.025 euros, e que foi iniciado em dezembro passado.
O OPArt afirma que os objetivos desta intervenção são "a rigorosa conservação e restauro de património nacional, a modernização dos equipamentos técnicos e da mecânica de cena, na sua maioria obsoletos e descontinuados, a melhoria do desempenho energético dos edifícios, novos sistemas de segurança e de acessibilidades, a melhoria das condições de trabalho [e] novas funcionalidades dos espaços e mais conforto e bem-estar para o público".
O OPArt pretende, assim, "devolver magnificência ao histórico e raro Teatro Nacional de São Carlos (inaugurado em 30 de junho de 1793) dotando-o de uma sala de espetáculos conservada e restaurada, criar condições para maior capacidade de produção e de preparação artística, adaptando o teatro às exigências cénicas do século XXI e com capacidade para gerar uma nova dinâmica cultural: mais coproduções internacionais e mais espetáculos líricos e sinfónicos".
Reconhecendo que o "PRR representa a maior oportunidade para a revitalização e modernização do Teatro", esta empreitada de renovação e conservação está orçada em 32,766,549, euros, e promete "uma responsabilidade de gestão rigorosa e de forte controlo de prazos e metas acordadas até junho de 2026".
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