A candidatura do ADN Madeira às eleições de 18 de Maio alertou, hoje, para os “desafios sérios” que se colocam ao sector primário, que consideram ser o “pilar essencial da sustentabilidade económica, social e ambiental da nossa Região Autónoma”.

A Madeira enfrenta hoje desafios sérios: envelhecimento da população rural, abandono de terras agrícolas, dificuldades no escoamento da produção e uma crescente dependência de produtos importados. Estes problemas exigem uma resposta firme, moderna e adaptada à nossa realidade insular ADN

Na sequência de uma acção de campanha no Mercado do Santo da Serra, o partido diz que os agricultores e produtores locais queixam-se de “dificuldades crescentes com os encargos fiscais”. Segundo constatram há também “falta ou desconhecimento de incentivos à produção local” e “a necessidade urgente de direcionar mais fundos públicos para garantir um setor primário mais próspero e competitivo”.

"Não podemos continuar a ignorar os agricultores e produtores locais. São eles que garantem parte da nossa soberania alimentar, preservam a paisagem que atrai milhões de turistas e mantêm vivas as tradições que nos definem como povo", sublinha João Abreu, cabeça-de-lista do ADN Madeira.

Assim, as propostas do ADN “para um sector primário forte e moderno” passam pelo “apoio à juventude Rural”, através do “reforço do Programa de Desenvolvimento Rural com mais fundos e acesso facilitado a formação e consultoria para criar um modelo de negócio sustentável”.

Paralelamente, defendem “a criação de uma linha de crédito com garantia pública para apoiar a instalação de jovens agricultores”, bem como a “redução da burocracia e aceleração dos processos de aprovação de projectos”.

Numa outra vertente reivindicam “apoios directos ao rendimento dos pequenos e médios produtores” e a “valorização dos produtos regionais com certificação e promoção local”.

O ADN advoga ainda mais apoios para a “modernização e inovação” da agricultura, a “formação contínua e assistência técnica no terreno” e a “promoção de práticas agrícolas sustentáveis e combate ao desperdício alimentar”.

O reforço dos mercados locais e circuitos curtos de distribuição, com “uma maior Integração dos produtos regionais na restauração e hotelaria, em parceria com o setor do turismo”, bem como a implementação de “medidas específicas para garantir a viabilidade da agricultura tradicional e familiar” são outras propostas do AD.

“Só com políticas responsáveis e apoios, podemos transformar a agricultura num motor de desenvolvimento sustentável, fixar população nas zonas rurais, proteger o nosso território e garantir a soberania alimentar da Madeira”, conclui o ADN.