
O ADN questiona "a passividade, subserviência e cumplicidade" das pessoas que participam na Desta do Chão da Lagoa, organizada pelo PSD-Madeira. Isto porque o partido considera que "nada oriundo dessa força partidária se justifica como motivo de festividade ou comemoração para a população regional".
Em comunicado, o coordenador regional do partido recorda que, em Agosto de 2024, 5.000 hectares da nossa floresta arderam durante 13 dias, "tudo fruto da incompetência e ingerência dos sucessivos Governos Regionais que não souberam prevenir o óbvio, apesar dos alertas", indicando que as giestas e carqueja continuam a invadir as serras.
Além disso, Miguel Pita considera "uma afronta, falta de respeito e desconsideração, que em dia de greve dos motoristas de transportes públicos por legitimo protesto laboral, consiga o Governo Regional fretar 120 autocarros públicos para um serviço partidário de forma a assegurar que os seus fieis seguidores cheguem ao 'Chão da Vergonha'".
Nesse sentido, questiona quais os motivos para festejar quando "tudo o que é nosso vem sendo privatizado, seja nos acessos ao mar, serras e infraestruturas"; "continua faltando medicamentos para doentes oncológicos", as "listas de espera continuam a aumentar sem controlo, assim como as altas problemática; o número de pessoas sem abrigo aumenta dramaticamente; a habitação para locais está a preços inacessíveis; continuamos sem o prometido Ferry que nos garantiria o principio da continuidade territorial prevista na constituição portuguesa; a Lei de Finanças Regionais continua por rever; todo o PSD (Nacional e Regional) em pleno Parlamento Português votou contra uma medida importante para os madeirenses e porto-santenses, que seria não pagarmos o valor total das viagens aéreas entre a RAM e o continente português".
Dado que o Primeiro-ministro vem à Madeira, o ADN quer questionar "como é possível que tenha afirmado ainda esta semana que «a vida do português está melhor», quando na verdade se assiste a toda uma precariedade por toda a Nação, seja a nível social, profissional, de segurança e acessos básicos à saúde".
O ADN apela à população que demonstre o seu desagrado para "com esta desgovernação", boicotando a Festa do Chão da Lagoa.