A decisão do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi revista e, afinal, a tarifa a aplicar à China é de 145% e não de 125. Na quarta-feira, não tinha sido incluída a tarifa do fentanil, um opioide.

As tarifas sobre a China totalizam agora 145%, de acordo com informações um funcionário da Casa Branca à televisão norte-americana CNBC.

Na quarta-feira, Donald Trump aumentou as tarifas sobre Pequim de 84% para 125%. Contudo, a isso acresce 20% sobre o fentanil, que já tinha sido imposta a Pequim.

O fentanil é um opiáceo sintético até 50 vezes mais potente do que a heroína. É uma das principais causas de overdoses nos Estados Unidos.

A China ainda não anunciou a reação ao novo aumento.

Ao mesmo tempo que aumentou as taxas à China, suspendeu por 90 dias as tarifas recíprocas a mais de 75 países. Ao contrário de Pequim, estes convocaram representantes para negociar e não retaliaram "de forma alguma" contra os Estados Unidos, justifica o Presidente Trump.

A guerra comercial entre Washington e Pequim tem escalado nos últimos dias, ao mesmo tempo que aumenta a turbulência nos mercados financeiros. As duas maiores economias do mundo têm estado constantemente num 'contra-ataque' de tarifas aduaneiras.

Antes, o Governo chinês tinha anunciado novas tarifas de 84%, em vez dos 34% inicialmente previstos, em retaliação às taxas de 104% impostas por Donald Trump. As taxas chinesas sobre os produtos provenientes dos Estados Unidos já entraram em vigor.