"Mohammad Abdel-Aal (...), chefe do departamento de segurança militar, Imad Odeh, membro do (...) comando militar no Líbano, e Abdelrahmane Abdel-Aal morreram mártires após um cobarde assassínio perpetrado por um avião sionista de ocupação em Cola", um bairro predominantemente sunita de Beirute, indicou a FPLP, logo após o ataque, num comunicado divulgado no portal oficial do movimento.
A FPLP, uma organização palestiniana secular de esquerda, descrita como terrorista por Israel e pela União Europeia, tem apoiado as operações do movimento xiita libanês Hezbollah contra o norte de Israel, desde outubro de 2023, em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas.
Uma fonte da segurança do Líbano disse que pelo menos quatro pessoas morreram hoje num ataque de um 'drone' israelita, uma aeronave não tripulada, que visou um edifício residencial em Beirute.
Caso se confirme a autoria do ataque, trata-se da primeira incursão israelita no centro da capital libanesa desde o ataque do Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023.
Segundo a fonte, citada pela agência de notícias francesa France--Presse, o apartamento alvo do ataque pertence à Jamaa Islamiya.
Formado em 1960, este grupo islamita libanês -- um ramo da organização islâmica radical Irmandade Muçulmana no Líbano - tem também apoiado as operações do Hezbollah contra o norte de Israel.
O exército israelita anunciou que aviões de combate atingiram dezenas de alvos do Hezbollah na região de Bekaa, no leste do Líbano, durante a madrugada, incluindo "dezenas de lançadores e edifícios onde as armas foram armazenadas".
Israel "continuará a atacar à força, a danificar e a degradar as capacidades militares e as infra-estruturas do Hezbollah", acrescentaram as forças armadas, sem mencionar o ataque contra o centro de Beirute.
Os ataques contra o leste do Líbano causaram pelo menos 105 mortos, de acordo com um balanço oficial.
O Hamas e o Hezbollah são aliados que se consideram parte de um "Eixo de Resistência" contra Israel, apoiado pelo Irão.
Israel respondeu com vagas de ataques aéreos que, além do líder do Hezbollah, já vitimaram outros altos responsáveis do movimento
A Arábia Saudita apelou hoje ao respeito pela "soberania e integridade territorial" do Líbano, manifestando "grande preocupação" com a intensificação do conflito até à beira de uma guerra total, fazendo temer um alastramento a toda a região do Médio Oriente.
Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita instou a "comunidade internacional para que assuma as suas responsabilidades na protecção da paz e segurança regionais, a fim de preservar a região e a sua população dos perigos e tragédias das guerras".
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