Alemanha, França e Espanha manifestaram hoje preocupação com a escalada no conflito entre Israel e o Irão, após os ataques dos EUA a instalações nucleares iranianas, pedindo negociação e contenção às partes envolvidas.

A Alemanha exortou hoje o Irão a retomar as negociações com os Estados Unidos, após os ataques norte-americanos a instalações nucleares, estimando que danificaram "grande parte do programa iraniano".

"O chanceler Friedrich Merz reiterou o apelo ao Irão para iniciar imediatamente negociações com os Estados Unidos, por forma a encontrar uma solução diplomática para o conflito", declarou, em comunicado, o porta-voz do Governo alemão, na sequência de uma reunião sobre o assunto.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou hoje que os Estados Unidos atingiram "com sucesso" três instalações nucleares iranianas, os primeiros bombardeamentos norte-americanos a ocorrer no âmbito do conflito entre Israel e o Irão.

França pediu contenção, por forma a evitar "qualquer escalada que possa conduzir a uma ampliação do conflito" e reafirmou a vontade de contribuir, juntamente com seus os parceiros, para uma "solução negociada".

A primeira reação pública oficial de Paris, após os ataques perpetrados esta noite contra três sedes do programa nuclear iraniano, chegou pelo ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noel Barrot, que sublinhou numa mensagem na rede social X que França "não participou nestes golpes, nem na sua planificação".

"França está convencida de que a solução duradoura desta questão passa por uma solução negociada, no âmbito do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares", disse Barrot.

O Governo de Espanha expressou a máxima preocupação com a situação no Médio Oriente e defendeu a via diplomática.

"É urgente parar a violência e voltar às negociações", afirmou o Governo, em comunicado divulgado pelo Ministério dos Assuntos Exteriores, no qual se faz um apelo "para a contenção e para o respeito pelo direito internacional".

O Executivo sublinhou ainda que as embaixadas de Espanha no Irão e nos países da região se mantém a funcionar para atender os espanhóis, face a qualquer eventualidade.