Alexandra Leitão não vai avançar para a corrida à liderança do PS. A candidata socialista à Câmara de Lisboa não estará entre os potenciais sucessores de Pedro Nuno Santos, confirmou a SIC.

O PS perdeu, no último domingo, o líder. Pedro Nuno Santos decidiu apresentar a demissão, perante a pesada derrota eleitoral do partido nas eleições legislativas - que poderá, pela primeira vez na História, passar a terceira força política, ficando atrás do Chega (depois de contados os votos dos portugueses que vivem no estrangeiro). Trata-se do terceiro pior resultado eleitoral de sempre do PS.

Pedro Nuno Santos mantém-se à frente do partido até ao próximo sábado, quando se irá reunir a Comissão Nacional do PS. É nesta reunião que deverá ser definido o calendário eleitoral interno. Até haver eleições, será o presidente do PS, Carlos César, a ocupar interinamente a liderança.

Quanto à data para essa eleição do novo secretário-geral, tudo indica que Carlos César irá propor que seja no final de junho ou no primeiro fim de semana de julho. Deste modo, o congresso do partido seria também adiado para depois das eleições autárquicas (que acontecerão em setembro ou outubro). Uma hipótese que, para já, tem suscitado a contestação de várias figuras proeminentes do PS, que discordam que se faça uma escolha à pressa.

Até ao momento, apenas José Luís Carneiro - que já tinha sido candidato à liderança do PS, perdendo as últimas eleições internas, em 2023, para Pedro Nuno Santos - avançou oficialmente com a intenção de entrar na corrida eleitoral socialista.

Outros nomes que estão a ser apontados, mas que ainda não se pronunciaram sobre o assunto, são, por exemplo, os dos ex-ministros Fernando Medina e Mariana Vieira da Silva.