
A ambição é a de chegar a parâmetros de manifesto europeu, inspirando-se num modelo social inclusivo e comprometido com a coesão urbana, ecológica e comunitária. E José Teixeira não aponta a pouco: quer marcar uma "presença disruptiva e estratégica" na Bienal de Arquitetura de Veneza e na Trienal de Milão, assumindo-se como "dinamizador de um novo pensamento internacional para o setor da construção" que, mais do que apresentar soluções técnicas, propõe uma nova cultura construtiva, com as pessoas no centro e a ecologia na alma.
No âmbito das duas exposições de alcance mundial, o DST Group apresenta assim não apenas uma intervenção simbólica e concreta num bairro popular veneziano, "onde o restauro de uma estrutura existente se torna ponto de partida para uma reflexão profunda sobre reuso, partilha e regeneração", mas também um projeto que responde a necessidades de vida e de relacionamento dos jovens e dos mais velhos.
Há uma visão de habitação para estudantes e uma visão para uma residência sénior, ambas marcadas por princípios que moldam o futuro que se quer para a Europa e subjacentes a uma visão transformadora, que José Teixeira leva a 13 de maio à Trienal sob a forma de protótipos que traduzem "um novo paradigma construtivo, que funde a precisão da produção industrial com a expressão poética da arquitetura de autor". Integrado na Bienal de Arquitetura de Veneza, que se inaugura já neste sábado, o DST Group apoia, por outro lado, o projeto “Obra Aberta” da Santa Sé, comissariado pelo Cardeal José Tolentino de Mendonça.
"Esta nossa presença em Itália tem subjacente o desejo de voltar a ter alguém com um pé na lua para o setor da construção, pois acreditamos que é tempo de lançar um novo movimento europeu — quase um novo Bauhaus — que coloque a arquitetura ao serviço da dignidade humana, da sustentabilidade e da justiça social", afirma o CEO do grupo, José Teixeira, um empresário de grande visão humanista, que entende que numa construtora líder não pode haver apenas andaimes e betão armado, mas também espaço para construir pessoas melhores, mais capazes e autónomas.

"A presença da DST nestes dois fóruns de referência internacional dá corpo a um conceito-chave: reusar. Não apenas materiais ou estruturas, mas ideias, espaços, tradições e soluções que valorizem o que já foi construído — física e simbolicamente. O reuso é aqui motor de uma nova urbanidade, inclusiva e criativa, que resgata os valores comunitários e integra práticas industriais sustentáveis com pensamento social urbano", considera a construtora que troca a estandardização despersonalizada por uma construção "modular, acessível, rápida e profundamente humana e estética".
"Não erguemos meras estruturas. Criamos espaços que elevam a experiência humana enquanto honram os limites planetários", destaca José Teixeira, assumindo uma visão já em desenvolvimento no campus da DST em Braga, onde o próprio Norman Foster desenha uma micro cidade, o Living Lab, e a vontade de tornar a construtora numa "referência internacional na construção sustentável, capaz de influenciar políticas públicas, práticas de mercado e modelos académicos".