
O Plenário da Assembleia Legislativa da Madeira prestou hoje homenagem ao Padre Martins Júnior, com a aprovação unânime de dois votos de pesar pelo seu falecimento, apresentados pelo Juntos Pelo Povo (JPP) e pelo Partido Socialista (PS). As iniciativas foram discutidas em conjunto durante o Período de Antes da Ordem do Dia.
Luís Martins, do JPP, descreveu Martins Júnior como “um homem comprometido desde sempre com a verdade”, que “desafiou o poder político e religioso desta terra” e que personificava “os valores da verdade, da liberdade e da resiliência”.
Paulo Cafôfo, do PS, destacou o “dever de gratidão mas também de memória” perante uma figura que “foi muito mais que um sacerdote”. Sublinhou que o padre “foi uma voz livre e por isso foi tantas vezes uma voz incómoda”, alguém que “não viveu para agradar, viveu para servir”, sempre com entrega “aos mais frágeis, aos esquecidos”.
Na apreciação dos votos, Gonçalo Maia Camelo (IL) considerou Martins Júnior uma “figura incontornável da história recente da Madeira e em particular de Machico”, acrescentando que “foi, em certa medida, um liberal”.
Jaime Filipe Ramos (PSD) lembrou que o homenageado “foi deputado desta casa”, enquanto Miguel Castro (Chega) dirigiu palavras de respeito “ao homem, ao padre e ao político”, desejando-lhe o “eterno descanso”.
Por proposta do JPP, a Assembleia observou um minuto de silêncio em memória de Martins Júnior.