
Citada pela AFP, a Defesa Civil Palestiniana informou que 22 pessoas foram mortas após um ataque aéreo israelita a uma escola no centro da Faixa de Gaza, que albergaria deslocados.
"O número de mortos subiu para 22 e dezenas ficaram feridos no ataque israelita a uma escola que alberga deslocados no campo de Bureij", disse à AFP Ahmad Radwan, funcionário da organização de resgate do enclave onde prosseguem confrontos entre militantes do Hamas e forças israelitas.
O exército (IDF) afirmou em comunicado que, com apoio dos serviços de inteligência (ISA), "atacou terroristas que operavam dentro de um centro de comando e controlo do Hamas no centro da Faixa de Gaza, que era utilizado para armazenar armas destinadas à execução de ataques terroristas contra civis israelitas e tropas das FDI".
"Antes do ataque, foram tomadas várias medidas para mitigar o risco de ferir civis não envolvidos, incluindo o uso de munições precisas, vigilância aérea e informações adicionais", adiantou a mesma fonte.
"As organizações terroristas violam sistematicamente o direito internacional, explorando as infraestruturas civis e a população de Gaza como escudos humanos para atividades terroristas", frisou.
Israel controla cerca de metade do território de Gaza, incluindo uma zona ao longo da fronteira com Israel, e três corredores que se estendem de leste a oeste ao longo da faixa.
Este cenário faz concentrar muitos palestinianos a faixas de terra cada vez mais pequenas no devastado território.
A 18 de março, Israel retomou os ataques no território, e morreram mais de 2.600 pessoas nas semanas seguintes, muitas delas mulheres e crianças, de acordo com autoridades de saúde locais.
Israel tem vindo a aumentar a pressão sobre o grupo militante Hamas, incentivando a demonstrar mais flexibilidade nas negociações.
No início de março, Israel suspendeu a entrada de ajuda em Gaza, uma proibição que continua em vigor e que mergulhou o território de 2,3 milhões de pessoas na pior crise humanitária da guerra.
A guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel a 07 de outubro de 2023, que causou a morte de 1.218 pessoas do lado israelita, na maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
Das 251 pessoas raptadas, 58 continuam detidas em Gaza, 34 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita. O Hamas mantém também os restos mortais de um soldado israelita morto durante uma guerra anterior em Gaza, em 2014.
A campanha de retaliação israelita fez pelo menos 52.567 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
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