
Um navio com ativistas da chamada Flotilha da Liberdade foi hoje abordado por comandos israelitas a aproximadamente 150 quilómetros da costa de Gaza, quando tentava romper o bloqueio marítimo israelita ao enclave palestiniano. Uma transmissão nas redes sociais do grupo de ativistas mostra o momento em que militares israelitas subiram a bordo e tomaram o controlo do navio, enquanto que os tripulantes e os activistas estavam sentados no convés com as mãos ao alto.
Na mesma publicação, a Flotilha da Liberdade afirmou que o "Handala foi interceptado e abordado ilegalmente por forças israelenses enquanto estava em águas internacionais".
Com a interrupção dos vídeos nas redes sociais, as informações ainda são imprecisas. Contudo, Manuel Bompard, coordenador-geral do partido político francês França Insubmissa, que esteve em contacto com a tripulação do navio, que inclui as deputadas Gabrielle Cathala e Emma Fourreau, informou que houve detenções: "Em violação do direito internacional, Israel acaba de sequestrar a tripulação do Handala em águas internacionais", anunciou.
"As autoridades francesas devem condenar esta detenção e mobilizar-se pela libertação da tripulação e contra o genocídio em Gaza", acrescentou, referindo-se à guerra que Israel move contra o movimento islamita Hamas desde 2023.
Uma hora antes, o navio tinha mudado de rumo devido à aproximação de "suspeitas embarcações militares" que se encontravam "muito próximas" da embarcação, segundo a Flotilha, em comunicado.
A embarcação dirigia-se para a costa egípcia, a cerca de 150 quilómetros de Gaza, para realizar uma viagem "paralela" sem entrar em águas egípcias.
"A identidade destas embarcações próximas não foi confirmada, mas a sua proximidade levantou sérias preocupações quanto à segurança dos civis a bordo", segundo um comunicado da Flotilha, enquanto tentava, sem sucesso, estabelecer contacto por rádio com o Exército israelita para verificar se eram as suas embarcações.