
O músico norte-americano Clem Burke, baterista dos Blondie, morreu hoje aos 69 anos, em consequência de um cancro, revelou a banda rock em comunicado.
"O Clem não era apenas um baterista, era o pulsar do coração dos Blondie. O seu talento, a energia e a paixão pela música eram inigualáveis e o contributo para a nossa sonoridade e sucesso são imensuráveis", afirmou a banda na página oficial.
Pioneiros da new wave nova-iorquina, os Blondie foram formados em 1974 pela cantora Debbie Harry e pelo guitarrista Chris Stein, que puseram um anúncio no jornal Village Voice à procura de um baterista.
Foi assim que Clement Burke, que faria 70 anos em novembro, entrou para os Blondie, gravando todos os álbuns e mantendo-se como baterista, mesmo depois do hiato de mais de uma década na banda.
Durante a pausa na carreira dos Blondie, nos anos 1980 e 1990, Clem Burke tocou com músicos como Bob Dylan, Pete Townshend, Iggy Pop, Ramones, Joan Jett e os Eurythmics.
"Em 1998, Clem foi uma peça fundamental para o regresso dos Blondie e para a gravação de um novo álbum ['No Exit'], do qual fazia parte o single 'Maria'", lê-se na biografia dedicada ao músico na página dos Blondie.
De acordo com a BBC, Clem Burke esteve envolvido num projeto de longa duração sobre os efeitos físicos e psicológicos de tocar bateria -- comparáveis aos de um atleta profissional -, tendo sido criado em 2008, a esse propósito, o Clem Burke Drumming Project.
Em 2011, Clem Burke recebeu um doutoramento 'honoris causa' pela Universidade de Gloucestershire, no Reino Unido.
Segundo a BBC, o último concerto de Clem Burke com os Blondie foi no verão de 2024 no festival Belsonic, na Irlanda do Norte, no qual o baterista vestia uma camisola com referência ao CBGB, o clube que é designado "o berço do punk rock" em Nova Iorque, onde os Blondie começaram a atuar nos anos 1970.