Esta área é superior à da Tunísia ou da Grécia.

O Ministério da Segurança Pública canadiano revelou que, desde que começou a temporada de incêndios florestais, as chamas já consumiram 3,7 milhões de hectares, quando a média para este período é de 800 mil.

A ministra das Emergências canadiana, Eleanor Olszewski, disse que a temporada de incêndios do país, que normalmente começa em maio e termina em setembro, está em mudanças e a afetar cada vez mais pessoas.

"Como vimos nas últimas semanas, a temporada de incêndios florestais no Canadá está a começar antes e a acelerar mais rapidamente em relação ao que era habitual", disse Olszewski, durante uma conferência de imprensa em Otava.

"Os incêndios são um perigo real para as comunidades em todo o país e hoje há milhares de canadianos deslocados das suas casas pelas chamas", acrescentou.

Cerca de 30 mil pessoas, na sua maioria procedentes de remotas comunidades indígenas do noroeste do país, estão deslocadas pelo perigo que as chamas representam.

Números oficiais indicam que estão ativos 220 incêndios florestais, 101 dos quais estão fora de controlo, concentrados no noroeste, especialmente nas províncias Columbia Britânica, Alberta, Ontário, Manitoba e Saskatchewan.

O Serviço Meteorológico do Canadá já anunciou que este verão o país vai sofrer temperaturas superiores às habituais.

Um estudo divulgado em 2024 quantificou em 647 megatoneladas de dióxido de carbono (CO2) as emissões causadas pelos incêndios florestais no Canadá 2023, quantidade similar ao CO2 emitido anualmente pela Índia e acima das emissões de países como Alemanha ou Japão.

RN // MCL

Lusa/Fim