O Chega reuniu, em Lisboa, o eurodeputado Tânger Correia, o deputado na Assembleia da República Francisco Gomes e os deputados regionais Miguel Castro, Manuela Gonçalves e Hugo Nunes. O encontro visou criar uma "plataforma de entendimento e articulação política entre todos os representantes eleitos", com o objectivo de "garantir a defesa dos interesses dos pescadores e armadores madeirenses, tanto a nível europeu como nacional e regional".

Durante a reunião, os deputados dedicaram especial atenção ao que dizem ser os efeitos “desastrosos” que as políticas impostas por Bruxelas no sector das pescas têm gerado na Região Autónoma da Madeira. Consideram que aquelas medidas são “alheias à realidade local, penalizam injustamente os profissionais do mar e ameaçam a sustentabilidade económica da pesca regional”.

“A pesca regional está a ser estrangulada por decisões cegas de Bruxelas e não aceitamos que os madeirenses continuem a pagar o preço de políticas feitas de costas voltadas para o mar! Vamos lutar em todas as frentes para defender os nossos pescadores e proteger o nosso modo de vida”, sublinha Francisco Gomes, citado em notam de imprensa.

Os deputados do Chega defenderam, por outro lado, “a necessidade de mudanças profundas na abordagem europeia”, nomeadamente através do aumento das quotas atribuídas a Portugal, com destaque para o atum patudo, bem como alterações nos critérios de atribuição de apoios à renovação da frota, "de modo a incluir a frota do peixe-espada preto".

A juntar a isto, os parlamentares exigem "maior respeito pela especificidade das pescas tradicionais, como as praticadas na Madeira", que, segundo dizem, “não representam qualquer ameaça ambiental”.

“O Chega vai actuar de forma coordenada para garantir que a voz dos nossos armadores e pescadores se ouve no Funchal, em Lisboa e em Bruxelas. A Madeira exige justiça no setor das pescas e nós não descansaremos enquanto essa justiça não for feita”, prometeu por seu turno Miguel Castro.