
Ainda não se sabe se será branco ou preto, mas o primeiro sinal de fumo do conclave papal deverá sair da Capela Sistina a partir das 19:00 de quarta-feira, menos uma hora em Portugal continental, anunciou esta terça-feira o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
O conclave para a eleição do novo Papa terá início na quarta-feira no Vaticano - após a morte do Papa Francisco, em 21 de abril, com 133 cardeais eleitores de todo o mundo, reunidos na Capela Sistina para escolher o 267.º pontífice da Igreja Católica.
Nesse dia, os cardeais celebram uma missa de manhã e em seguida vão em procissão até à igreja. Longe de tudo e de todos, juram sigilo e arriscam a excomunhão se não cumprirem.
De seguida, iniciam as votações para eleger a pessoa que vai ocupar o cargo mais importante da Igreja Católica. No primeiro dia, podem realizar apenas uma votação, mas nos dias seguintes são feitas quatro - duas de manhã e duas à tarde.
"Eligio in Summum Pontificem"
Os cardeais devem escrever o nome de uma forma que não seja possível identificá-los e dobrar o papel duas vezes. Na metade superior do boletim está escrito em latim "Eligio in Summum Pontificem" (em português: Eu elejo como Sumo Pontífice) e abaixo há um espaço destinado a escrever o nome da pessoa escolhida.
Se ao fim de três dias de votação os cardeais ainda não tiverem chegado a acordo, o processo eleitoral é suspenso por um dia para orações e discussões informais. No final da eleição, é elaborado um documento com os resultados. É lacrado e apenas pode ser aberto com ordem do Papa.
No fim da votação, os nomes são anunciados e os cardeais que receberam votos são chamados. Os escrutinadores furam cada papel com uma agulha, e colocam-nos num único fio. As células são queimadas, libertando um fumo que é visível do lado de fora.
Se for preto, quer dizer que os cardeais não chegaram a nenhuma escolha, se for branco, quer dizer que há um novo Papa.
- Com Lusa