
Um cubano com 75 anos, há quase seis décadas nos EUA, morreu sob custódia da polícia de Imigração e Fronteiras (ICE, na sigla em Inglês), em Miami, nas mesmas instalações onde morreu um canadiano na semana passada.
O ICE informou que Isidro Pérez faleceu na quinta-feira, por causas ainda sob investigação, depois de estar desde há semanas no Centro de Detenção Krome.
Neste centro, no início de junho, os migrantes lá detidos formaram um SOS com os seus corpos, para pedir auxílio e denunciar as más condições de detenção.
Pérez estava na unidade médica de Krome, onde em 26 de junho começou a sentir dores no peito e foi-lhe administrada ressuscitação cardiovascular, dado choques com um desfibrilhador externo automático, tendo sido transferido para um hospital em Kendall, onde foi declarado morto, indicou a ICE, em comunicado.
A agência deteve o cubano em 5 de janeiro, durante uma operação em Key Largo, onde o declararam inadmissível para permanecer nos EUA, porque, apesar de ter chegado em 1966 com uma autorização legal, em 1981 e em 1984 o Tribunal de Distrito do Sul do Estado da Florida declarou-o culpado por posse de substâncias controladas.
Esta morte aconteceu depois de ter sido divulgado que na quarta-feira um canadiano, Johnny Noviello, morreu enquanto esperava, para ser deportado, no Centro Federal de Detenção, no centro de Miami, depois de já em 7 de junho ter falecido o mexicano Jesús Molina Veia, quando estava sob custódia do ICE no Estado da Geórgia.
Pelo menos, sete imigrantes morreram sob custódia do ICE no que vai deste ano, segundo o último relatório da agência, até 5 de maio, depois de quase ma dezenas de falecimentos em 2024.
A morte do cubano ocorre enquanto aumentam as denúncias de ativistas sobre as condições dos detidos na Florida, como no Centro Krome.