Depois da tempestade "Éowyn", vem aí a depressão "Herminia" que deverá atingir todo o país

O IPMA prevê um agravamento do estado do tempo nos próximos dias em Portugal continental devido à passagem da depressão "Herminia". Para evitar incidentes, a Proteção Civil sugere que adote "comportamentos adequados" ao estado do tempo.

Joanna McCarthy

Depois da tempestade Éowyn, que deixou um rasto de destruição no Reino Unido e Irlanda, vem ai mais uma depressão que deverá passar por território nacional. A "Herminia" deverá atingir a região norte do país na madrugada de domingo, dia 26, atravessando as regiões Centro e Sul durante a noite de domingo para segunda-feira, de 26 para dia 27.

• As imagens da passagem da tempestade Éowyn

De acordo com o comunicado do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA, prevê-se que a partir da madrugada de domingo se registe períodos de chuva persistente na região do Minho e rajadas de vento até 80 km/h. A região Centro e Sul do país será mais afetada a partir do período da tarde que deve prologar-se até segunda-feira.

" Prevê-se também queda de neve nas terras altas do Norte e Centro a partir da tarde de segunda-feira, a cotas a partir dos 800 metros", acrescenta o IPMA.

Quanto à agitação marítima, no domingo, a costa ocidental deverá ser atingida por ondas entre os 5 6 metros de altura, a partir do período da tarde e na segunda-feira, com a possibilidade da altura máxima atingir os 11 metros.

• Chuva, vento forte, neve e agitação marítima: eis as recomendações que deve seguir

"Devido a esta situação meteorológica foram já emitidos avisos de nível amarelo para o vento e precipitação, bem como avisos de nível laranja para a agitação marítima. Será previsível a emissão de avisos de neve válidos a partir de segunda-feira, dia 27."

Proteção Civil faz recomendações à população

Na sequência do agravamento do estado do tempo, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recomenda a adoção das principais medidas preventivas:

• Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
• Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
• Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
• Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
• Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
• Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
• Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
• Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.