![Diretor da PSP garante que não recebeu ordens do Governo para atuar no Martim Moniz](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
O diretor-nacional da PSP garante que nunca recebeu ordens do Governo para atuar especificamente no Martim Moniz, em Lisboa. O superintendente Luís Carrilho foi esta quarta-feira ouvido no Parlamento, onde disse que a operação especial de dezembro foi motivada pelo registo de queixas naquela zona da cidade.
Durante mais de uma hora de audição, onde o diretor-nacional da PSP, há 8 meses no cargo, garantiu não ter recebido uma ordem do Governo para atuar especificamente no Martim Moniz, Luís Carrilho admitiu apenas receber indicações estratégicas.
Na operação de 19 de dezembro, onde vários imigrantes foram encostado à parede, duas pessoas foram detidas, uma por roubo e outra por posse de arma proibida e tráfico de estupefacientes.
Explicou também que foram os vários crimes graves e violentos que se têm registado no Martim Moniz que levaram a PSP ao local.
Esta foi apenas uma entre mais de 1.400 nos últimos 12 anos.
De acordo com os números que o superintendente Luís Carrilho trouxe à audição no Parlamento, nos casos de racismo e xenofobia, nos últimos 10 anos, foram instaurados 44 processos disciplinares, sendo que destes 30 foram arquivados.