
A NBC News citou seis responsáveis norte-americanos e europeus informados sobre a mudança, sem os identificar mais detalhadamente, e revelou que os efetivos abrangidos estão entre os 20 mil militares mobilizados pelo ex-Presidente norte-americano Joe Biden para reforçar as defesas dos países que fazem fronteira com a Ucrânia, após a invasão russa em 2022.
Os números ainda estão em discussão, mas a proposta pode envolver a retirada de até metade das forças enviadas.
A possibilidade de uma retirada das tropas norte-americanas da Europa é uma grande fonte de preocupação para vários países, que contam com esta presença como uma garantia de segurança contra a ameaça russa, como são os casos da Polónia, da Roménia e os estados bálticos.
A questão tornou-se ainda mais sensível com a chegada do republicano Donald Trump à Casa Branca e os seus repetidos ataques à NATO e aos países europeus, que acusa de não assumirem as suas responsabilidades.
As notícias de uma possível retirada surgem no momento em que Trump tenta convencer Moscovo e Kiev a concordarem com um cessar-fogo, mas tem enfrentado resistências do Kremlin.
A presença de soldados norte-americanos nos antigos países comunistas durante a Guerra Fria é um importante e histórico ponto de discórdia para Moscovo, que afirma sentir-se ameaçada por estes destacamentos, bem como as aspirações de Kiev de adesão à NATO.
Os 20 mil soldados mobilizados em 2022 foram transferidos de outras bases na Europa ou enviados dos Estados Unidos.
HB // APN
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