Durante dois dias, líderes europeus e africanos vão sentar-se à mesa para debater as oportunidades de crescimento entre os continentes, posicionando Portugal como plataforma internacional de criação de redes colaborativas. A oitava edição do EurAfrican Forum, promovido pelo Conselho da Diáspora Portuguesa e contará com a participação do seu Presidente Honorário, Marcelo Rebelo de Sousa, já tem data marcada e o tema não podia estar mais na ordem do dia. A 25 e 26 de julho, o palco da Nova SBE vai estar focado em como "Transformar o Amanhã: Construir Parcerias Globais para Alcançar a Agenda 2063".

Adotada a 31 de janeiro de 2015, a Agenda 2063 é o plano de desenvolvimento da África para os próximos 50 anos que advoga uma meta ambiciosa: "construir uma África integrada, inclusiva, próspera e pacífica", unindo nesse esforço conjunto os países africanos, com o apoio da União Africana. Conseguir uma transformação socioeconómica plena do continente mais jovem e promissor, mas permanentemente adiado, é o objetivo da Agenda, que serve agora também de pano de fundo para mais uma edição do EurAfrican Forum.

A iniciativa promovida pela organização não-governamental para o desenvolvimento Conselho da Diáspora Portuguesa, liderada por António Calçada de Sá, revela-se como uma plataforma de contacto internacional e softpower orientada para o "estímulo da colaboração, pública e privada, entre Europa e África no domínio do investimento, infraestruturas, digitalização, saúde, educação, entre outros". E com esse objetivo, pela Nova SBE vão passar líderes de alto-nível de diversas organizações europeias e africanas, para "um debate objetivo, atual e inclusivo, apoiado em ideias, propostas, realidades e projetos com interesse mútuo para os dois continentes".

"A tecnologia e o conhecimento das empresas portuguesas e europeias não são suficientes para entrar em África, é fundamental haver uma verdadeira parceria entre iguais", defende António Calçada de Sá. "Se conseguirmos alinhar esforços institucionais e empresariais, estaremos a criar as bases para um desenvolvimento sustentável e inclusivo, acelerando a concretização dos objetivos delineados na Agenda 2063."

Entre outros temas, em análise estarão grandes setores como o Comércio e Investimento e a melhor forma de dar gás ao crescimento das empresas africanas; a Segurança Energética e como se pode investir estrategicamente, mas também cooperar no sentido de um desenvolvimento equitativo; bem como os desafios regionais da inovação tecnológica. Também em foco estarão os Mercados Globais e o papel das Instituições Financeiras no financiamento para o desenvolvimento social e económico, a necessidade de adotar Políticas para o Progresso e a Resiliência das Infraestruturas, antecipando desafios climáticos e geopolíticos, bem como a necessidade de trazer sinergias entre os continentes que possam promover Ecossistemas de Startups.

"O EurAfrican Forum 2025 é mais do que um espaço de debate; é um catalisador de ação concreta e colaborativa entre a Europa e África, com programas aceites de forma bilateral", explica o presidente da direção do Conselho da Diáspora Portuguesa. "É crucial que estas iniciativas sejam apoiadas por políticas públicas sólidas e por uma agenda comum que reflita os interesses de ambos os continentes."

Depois de uma edição que reuniu mais de 500 participantes em dois dias de debates, incluindo membros de governos africanos e do português, representantes da NATO, ONU, UNICEF, UNESCO, Parlamento Europeu e diversas entidades de organizações empresariais, académicas, científicas e culturais, espera-se mais ainda do EurAfrican Fórum 2025. A coordenar as áreas temáticas em análise no encontro estão Conselheiros das mais diversas geografias e neste ano há uma novidade: pela primeira vez, participarão ativamente membros do Conselho, nomeadamente dos Conselheiros e Jovens Conselheiros, como coordenadores dos painéis de discussão.

A criação da Diáspora Jovem em 2023, por sugestão do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, que é composta por um grupo destacado de jovens portugueses espalhados pelo mundo, "representa não só uma renovação e dinamização do Conselho da Diáspora Portuguesa, mas agora também do EurAfrican Forum".