
De acordo com as mesmas fontes, Tcherno Bari, mais conhecido por Tcherninho, foi detido no domingo por elementos da Polícia Militar após se ter, alegadamente, recusado a responder a uma convocatória do Estado-Maior das Forças Armadas.
Questionado sobre o assunto, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje desconhecer os contornos do caso, mas afirmou que "qualquer militar não pode faltar a uma convocatória do superior hierárquico".
Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita ao novo parque de transportes terrestres, nos subúrbios de Bissau, Sissoco Embaló afirmou que vai inteirar-se da situação, agora que regressou ao país, no domingo à noite, vindo da Nigéria.
"Mas, se o chefe da segurança do Presidente da República for notificado pela Inteligência Militar ou pela Polícia Militar [tem de responder]. Mas, o Presidente da República é o comandante supremo das Forças Armadas, não é o chefe da Inteligência nem da Polícia Militar e também não sou Polícia Judiciária", declarou Sissoco Embaló.
O Presidente guineense desmentiu as informações postas a circular nas redes sociais segundo as quais a residência de Tcherninho, nos arredores de Bissau, teria sido invadida, em várias ocasiões nos últimos dias, por elementos armados.
Sem se referir uma única vez ao nome do seu ex-chefe da segurança presidencial, Umaro Sissoco Embaló notou que quando o assunto se trata "do fórum militar não deve ser politizado".
"Se a Polícia Militar foi à casa dele (...), eu mesmo quando saí sem autorização das Forças Armadas, a Polícia Militar foi buscar-me a casa. Fui castigado conforme a lei", declarou Embaló.
O chefe de Estado guineense considerou ainda que os cidadãos não podem recusar responder a uma convocação das autoridades, mesmo que tenham cometido infrações, com o argumento de que se trata de sequestro.
Um dos homens de confiança de Sissoco Embaló, o coronel Tcherno Bari foi chefe de segurança presidencial até ser substituído em setembro de 2023 pelo major-general Tomas Djassi.
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