"O Governo demonstrou hoje, uma vez mais, o que a maioria da população já sabe: que a missão de derrotar o Hamas foi cumprida", afirmou o Fórum de Familiares de Reféns e Desaparecidos, depois de o executivo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu, ter concordado em eliminar os subsídios aos israelitas que vivem perto da Faixa de Gaza e foram deslocados após o início do conflito.

No comunicado, escrito em hebraico, divulgado pelo jornal israelita Haaretz e citado pela agência de notícias EFE, o Fórum de Familiares de Reféns e Desaparecidos apelou a um "acordo abrangente" que traga de volta os 50 reféns que ainda estão sequestrados em Gaza, dos quais Israel estima que pelo menos 20 ainda possam estar vivos.

Este fórum representa a maioria das famílias dos sequestrados pelo Hamas durante os ataques de 07 de outubro de 2023.

Milhares de israelitas saíram no sábado às ruas de Israel para exigir um acordo com o Hamas para libertar os reféns que ainda estão no enclave, depois de duas semanas praticamente sem protestos devido à guerra com o Irão.

Além disso, no sábado à noite, numa mensagem na plataforma Truth Social, o Presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a pedir que os tribunais de Israel suspendam o julgamento de Netanyahu por corrupção, afirmando que o primeiro-ministro israelita está a negociar "um acordo com o Hamas, que incluirá a recuperação dos reféns".

Após uma audiência à porta fechada no domingo, o Tribunal Distrital de Jerusalém cancelou as sessões previstas para esta semana no julgamento de Netanyahu.

A guerra em Gaza eclodiu após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.

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Lusa/fim