
O Festival de Cinema de Cannes, que começa esta terça-feira, decidiu apertar as regras do seu código de vestuário e evitar, deste modo, surpresas como a de Bianca Censori, que apareceu nua no 'tapete vermelho' dos Grammys. A partir de agora, a nudez será proibida no evento, assim como vestidos com "grandes caudas".
"A nudez é proibida na passadeira vermelha, assim como em qualquer outra área do festival."
Citada pela agência Associated Press, esta é a nova diretriz do Festival de Cinema de Cannes, que decidiu atualizar a sua política de vestuário na véspera da 78.ª edição.
A decisão surge numa altura as passadeiras vermelhas de eventos internacionais estão repletas de vestidos transparentes e até de pessoas nuas, como foi o caso da mulher de Kanye West, Bianca Censori, que apareceu completamente nua nos Grammys, em fevereiro.
Questionado sobre a nova diretriz, o departamento de comunicação de Cannes esclareceu que esta atualização no código "torna explicitas certas regras que estão em vigor há muito tempo".
"O objetivo não é regular o vestuário em si, mas proibir a nudez total na passadeira vermelha, em conformidade com o quadro institucional do evento e com a legislação francesa."
Além da nudez, o festival refere também que "não são permitidos trajes volumosos, em particular os com uma grande cauda, que dificultam o bom fluxo do tráfego dos convidados e complicam a ocupação dos lugares" no Grand Théâtre Lumière du Palais.
Estas diretrizes juntam-se a outras como o uso obrigatório de roupa de cerimónia e a proibição das selfies na passadeira vermelha, uma prática "ridícula e grotesca", segundo o diretor do festival, Thierry Fremaux.
O Festival de Cinema de Cannes arranca esta terça-feira, com filmes portugueses em competição, e deverá ficar marcado pela atualidade internacional: das guerras na Ucrânia e Gaza à ameaça do Presidente Donald Trump à produção cinematográfica.