Entre os destino turísticos do Sul da Europa, "Valência teve o maior aumento anual no preço de venda (+20,1%), seguida de Setúbal (+20%), Palma (+18,4%) e Beja (+17,8%)", enquanto que "Palma registou o preço mais elevado (4.907 €/m²), seguida do Funchal (3.645 €/m²), Málaga (3.459 €/m²) e Faro (3.285 €/m²)", informa hoje mais um indicador do portal imobiliário idealista.pt.

Se a capital da ilha de Maiorca atingiu o maior preço das casas à venda, a capital da Madeira veio logo a seguir, com o m2 a aumentar 7,6% e a passar a custar um máximo de 3.645 euros, o crescimento mais moderado entre as cidades incluídas em zonas turísticas, inclusive atrás de Ponta Delgada, capital açoriana, que cresceu quase o dobro (13,6%) para 2.194 euros.

No geral, segundo o idealista, "actualmente, Portugal apresenta o custo mediano mais elevado das casas à venda (2.898 euros/m2), ficando à frente de Espanha (2.438 euros/m2) e de Itália (1.828 euros/m2)", num comparativo "entre os três países do Sul da Europa só o mercado português e espanhol atingiram novos recordes em Junho na série histórica do idealista. Mas foi em Espanha onde se observou a maior subida anual dos preços das casas (+14%), seguida de Portugal (+8%) e Itália (+1,5%)".

Numa análise às principais capitais do Sul da Europa, os dados revelam "uma pressão sobre os preços das casas nas cidades mais dinâmicas face à escassez generalizada da oferta. Lisboa continua a ser a cidade mais cara de todas para comprar casa, tendo o preço mediano atingido um novo máximo de 5.769 euros/m2 em junho, depois de ter crescido 2,3% no último ano. E Madrid também está a aproximar-se da capital portuguesa: o preço das casas subiu 25% num ano, atingindo um novo recorde de 5.642 euros/m2. Milão está em terceiro lugar, também com o m2 das casas à venda acima de 5.000 euros (mas um pouco abaixo do valor mais alto alguma vez registado). É visível ainda que Barcelona está a aproximar-se desta fasquia e a atingir novos máximos (4.920 euros/m2), depois de os preços terem subido 11,1% num ano. O Porto continua atrás em termos de preços (3.792 euros/m2), embora tenha registado um novo recorde. Já a cidade mais barata para comprar casa é Roma, com 3.215 euros/m2, um preço que está quase 25% abaixo do seu máximo".

Nota-se que mesmo aumentando quase 3 vezes e meia a percentagem do Funchal, comprar casa na capital italiana é mais barato.

Quanto ao arrendamento, Funchal ocupa a 5.ª posição entre as ditas cidades turísticas do Sul da Europa, atrás apenas de Palma, Málaga e Valência, todas cidades espanholas, e ainda Nápoles, em Itália.

Contudo, "no mercado de arrendamento, foi Faro que liderou a subida de preços no último ano (+12%), seguida de Palermo (+11,1%) e Setúbal (+11%)", sendo que "as casas para arrendar ficaram mais caras em todas as zonas de férias do Sul da Europa, com Nápoles a revelar o menor crescimento (+1,5%)".

Mais, "as rendas das casas mais elevadas de todas são encontradas em Espanha, nomeadamente nas cidades de Palma, Málaga e Valência, que registaram novos recordes de preços de 18,3 euros/m2, 15,6 euros/m2 e 15,5 euros/m2, respetivamente" e "entre as cidades portuguesas analisadas, o custo de arrendar casa é mais elevado no Funchal (15 euros/m2) e em Faro (14,2 euros/m2). Mas foi mesmo Setúbal a única zona em Portugal que alcançou um novo máximo histórico no final de Junho – as rendas medianas fixaram-se em 13,1 euros/m2 por mês. Já Beja é a mais baratas de todas (10,1 euros/m2)", diz o artigo divulgado esta segunda-feira.

Da lista de 14 cidades, Funchal foi a terceira com o aumento menos intensivo, 'apenas' 6,4%.