
O fundador e dirigente do serviço de mensagens Telegram, Pavel Durov, foi interrogado hoje em Paris pelos juízes de instrução que dirigem as investigações sobre a cumplicidade eventual da plataforma com crimes.
"O interrogatório de hoje permitiu a Pavel Durov dar explicações complementares que demonstraram a vacuidade dos factos objetos da acusação", indicaram em comunicado os seus advogados, depois do final do interrogatório.
O empresário russo, de 40 anos, deslocou-se durante a manhã ao gabinete dos juízes que têm o dossier.
Naturalizado francês em 2021, Durov não quis fazer declarações.
Este foi o terceiro interrogatório desde a sua acusação, em agosto de 2024, por uma série de infrações associadas à criminalidade organizada.
Quando foi interrogado em dezembro de 2024, reconheceu "ter tomado consciência da gravidade dos factos" imputados à plataforma.
Desde que foi interpelado, à saída de avião, em agosto de 2024, no aeroporto de Bourget, as autoridades judiciais constatam uma melhor colaboração da Telegram.
Pavel Durov viu as suas medidas de coação aliviadas pelo Tribunal de Recurso de Paris e já pode, desde 10 de julho, deslocar-se ao Dubai, onde está baseado, "durante 14 dias consecutivos no máximo" depois de informar os juízes.