O Governo timorense iniciou no ano passado uma campanha de despejos e demolições em Díli para eliminar construções ilegais e atividades económicas não licenciadas e que, em alguns casos, tem sido exercida com violência, e tem provocado a divisão na sociedade timorense e merecido críticas de organizações não-governamentais.

"O Governo está a preparar um montante de três milhões de dólares para os nossos cidadãos que sofreram com demolições e desalojamentos", afirmou o secretário de Estado dos Assuntos da Toponímia e da Organização Urbana timorense, Germano Dias, quando questionado pela Lusa.

O secretário de Estado falava num encontro com imprensa, no Palácio do Governo, em Díli, organizado pela Secretaria de Estado da Comunicação Social.

Germano Dias salientou que aquele montante inclui também as pessoas afetadas por desastres naturais, como inundações, deslizamentos de terras ou outras calamidades.

"Os fundos não serão destinados exclusivamente às vítimas de demolições e desalojamentos", afirmou o secretário de Estado.

O governante informou igualmente que, nas últimas duas semanas, uma equipa conjunta com representantes de vários ministérios tem realizado encontros com as comunidades de bairros de Díli, onde também vão ser demolidos edifícios e habitações e desalojadas pessoas.

"Nesses encontros, já pedimos às pessoas que residem à beira das estradas ou que têm lojas nos passeios que colaborem com o desenvolvimento que está para surgir nos próximos meses", afirmou.

Germano Dias acrescentou também que algumas pessoas, após compreenderem o conteúdo do decreto-lei, começaram a demolir por conta própria as construções e já desobstruíram áreas como o terminal de Becora, em Díli.

No entanto, algumas ainda não concluíram o processo, porque a terminar a construção de novas casas.

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