
Subiu para 67 o número de mortos causados pelas inundações no Texas. Entre as vítimas mortais estão, pelo menos, 21 crianças, segundo noticiou a agência Reuters. O jornal “The New York Times” fala, no entanto, em 70 mortes.
As equipas de resgate continuam à procura dos desaparecidos, incluindo 11 meninas que participavam num acampamento cristão junto ao rio Guadalupe, inundado pelas fortes cheias que atingiram o estado norte-americano do Texas na passada sexta-feira.
As autoridades do condado de Kerr, epicentro da tragédia, encontraram 16 corpos desde sábado à tarde, segundo afirmou o xerife Larry Leitha à Associated Press, prometendo manter as buscas até que “todos sejam encontrados”.
A Agência Federal de Gestão de Emergências foi ativada no domingo, depois de o presidente norte-americano Donald Trump ter emitido uma declaração de catástrofe grave, segundo informou o Departamento de Segurança Interna, em comunicado.
“O Departamento de Segurança Interna garantirá que as autoridades estaduais e locais tenham os recursos necessários para liderar uma resposta rápida e eficaz em meio a este trágico desastre”, escreveram.
Segundo o Departamento, a Guarda Costeira dos Estados Unidos está a trabalhar nas operações de busca e salvamento em horário alargado, incluindo no período da noite, “24 horas por dia”. Até ao momento, segundo a mesma fonte, foram resgatadas 850 pessoas.
As vítimas das áreas afetadas pela catástrofe devem ligar para a linha de apoio da Agência Federal de Gestão de Emergência para solicitar apoios. Segundo a Reuters, Trump já tinha delineado planos para reduzir o papel do Governo na resposta a catástrofes naturais, deixando nas mãos dos próprios estados arcar com a maioria das responsabilidades.
Alguns especialistas dizem que os cortes feitos pelo presidente norte-americano na força de trabalho federal, incluindo na agência que supervisiona o Serviço Nacional de Meteorologia, podem ter contribuído para as falhas das autoridades em emitir alertas a tempo sobre o perigo das chuvas fortes.