
À saída do Hotel Altis, em Lisboa, onde decorreu este sábado a reunião da Comissão Nacional do PS, José Luís Carneiro foi parco em palavras aos jornalistas, mas foram três as "mensagens fundamentais" que quis deixar, lembrando que até ao dia 12 de junho "todos e todas" que queiram podem apresentar as suas candidaturas ao cargo de secretário-geral do partido.
Mas para já, é ele o único candidato, como aliás afirmou o presidente do PS, Carlos César.
Quanto às "três mensagens fundamentais" que José Luís Carneiro quis anunciar foram de disponibilidade para ouvir e dar voz, garantir unidade e estabilidade.
"Queria sublinhar três mensagens fundamentais: desde logo, a minha vontade e disponibilidade para saber ouvir e dar voz aos meus camaradas e ao conjunto dos portugueses", mas também, prosseguiu, "a minha disponibilidade para garantir uma construção de uma solução de unidade na diversidade (...), aquilo que garanti aos meus camaradas foi que só quem não quiser não estará nos órgãos de direcção ou nas estruturas de responsabilidade do partido".
A terceira e última, revelou, é a de que "compreendemos bem a mensagem que nos foi endereçada, e o PS tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país e é esse o compromisso que procuraremos garantir", embora, sublinha José Luís Carneiro, "compete ao Governo, à AD, dar naturalmente o primeiro passo para que esse diálogo se possa encetar".
"Tudo indica que o secretário-geral será José Luís Carneiro"
Antes, também à saída do Hotel Altis - quartel-general do PS -, o presidente do partido revelou aos jornalistas que ao que "tudo indica" que, e tendo em conta que "as pessoas" com quem falou (e cujos nomes não mencionou) lhe manifestaram que "não tinha interesse em candidatar-se", o próximo secretário-geral do "será José Luís Carneiro ou que será, pelo menos, o candidato mais forte, consolidado, e conhecido".
"[José Luís Carneiro] conhece não só profundamente o partido, como a sociedade portuguesa e as diferentes áreas do poder e representará, sem dúvida, se for eleito, com muita dignidade e eficiência o PS", afirmou Carlos César.
Questionado sobre se será o líder com o perfil necessário, neste momento, ao PS, Carlos César garantiu que quando o partido elege "um líder é na presunção de que é a pessoa com o perfil adequado", salientando, ainda assim, que José Luís Carneiro "já deu provas disso em diversas funções que desempenhou".
Diretas a 27 e 28 de junho
O calendário proposto pelo presidente do partido foi aprovado, este sábado, na Comissão Nacional, confirmando assim que as eleições diretas para escolher o novo secretário-geral do PS vão decorrer a 27 e 28 de junho.
Mas, e conforme revelou Carlos César logo à chegada ao Altis, até dia 12 de junho podem ser apresentadas candidaturas.
Chumbada, desde já, foi a proposta alternativa, subscrita por Daniel Adrião, e que pretendia que as primárias e a escolha do novo líder do PS acontecesse apenas depois das eleições autárquicas.
Quanto à data do Congresso não foi votada e será já decidida pela nova liderança.
[Notícia atualizada às 16h47]