Dando continuidade ao projecto iniciado pela Orquestra Clássica da Madeira (OCM) há já 12 anos, intitulado "Ciclo Jovens Solistas", um "espaço dedicado a jovens músicos com início de formação na nossa Região", hoje houve "oportunidade de ouvir Ana Catanho, como solista na flauta transversal, acompanhada pelo Ensemble XXI, grupo de cordas da estrutura artística da Orquestra Clássica da Madeira", informa o director artístico da OCM.

A flautista Ana Catanho "interpretou neste concerto duas obras de Vivaldi - Concerto 'Il Gardellino' - e de Telemann - Concerto em Sol Maior -, e encantou o público presente com a sua musicalidade, que a revela com naturalidade, e com som bonito e cuidado e uma técnica controlada. No final, após calorosos aplausos, o público foi brindado com a Melodia de Gluck do 'Orfeo e Euridice', como extra", analisa e revela Norberto Gomes.

Ana Catanho fez a sua formação inicial no Conservatório - Escola das Artes da Madeira, Eng.º Luiz Peter Clode e finalizou o Curso Profissional de Instrumentista na classe do flautista e professor Pedro Camacho. "Tem sido convidada enquanto músico profissional, como reforço da nossa estrutura artística já de há uns anos a esta parte", conta o responsável. "Posteriormente, dedicou-se à sua formação superior, inicialmente em Lisboa na Escola Superior de Música de Lisboa e, presentemente, realiza o seu mestrado na Universidade de Artes de Zurique", realça.

Este projecto de Jovens Solistas, lançado em 2013, "tem sido revelador do grande potencial que a nossa Região tem na formação inicial destes jovens instrumentistas, dando-lhes uma base sólida para poderem posteriormente usufruir de uma formação superior de qualidade e de destaque numa universidade do país ou de uma cidade central na Europa", refere Norberto Gomes. "É com orgulho que acompanhamos a formação destes jovens e dedicamos espaço e palco ao seu crescimento artístico e humano", acrescenta.

De referir que este projecto 'Ciclo Jovens Solistas' que "com mais de uma década de existência tem proporcionado palco a dezenas de jovens que com o seu contributo, enriquecem e diversificam as propostas artísticas da nossa instituição", releva o director artístico. "É com orgulho que acompanhamos a formação destes jovens e estas apresentações revelam-se exemplos para os seus colegas de uma forma também responsabilizante. Estes jovens também são olhados com reconhecimento pelos seus professores e pelas universidades onde estão integrados", acredita.

Norberto Gomes finaliza este comentário, referindo que "estas manifestações culturais têm contribuído com resultados artísticos e pessoais por ser um projeto sólido, consistente e de continuidade, que vem, de uma forma inequívoca, contribuir para o reconhecimento do investimento público feito nesta área nas últimas décadas, resultado de um projeto autonómico na educação que tão bons resultados temos colhido", pontua.