
No Dia Internacional do Parlamentarismo - que hoje se assinala - e aproveitando a visita oficial do presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores à Madeira, Luís Garcia foi recebido por Rubina Leal.
O encontro teve como objectivo "reforçar a cooperação entre os dois parlamentos insulares e concertar posições em torno de matérias estratégicas para o futuro das Regiões Autónomas", destaca o gabinete da presidente em comunicado de imprensa.
Durante a reunião, foi sublinhada a necessidade de avançar com a reforma da Lei das Finanças das Regiões Autónomas, "na medida em que a Madeira e os Açores não podem continuar a ser penalizados, uma vez que as especificidades de ambos os territórios não são tomadas em considerações".
O encontro serviu ainda para reforçar a defesa da presença das Regiões Autónomas nos órgãos nacionais onde se decidem matérias com impacto directo no seu desenvolvimento, como é o caso do Conselho de Acompanhamento de Certificação e do Conselho Geral da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional.
No plano europeu, ficou expressa preocupação com a centralização da gestão dos fundos comunitários no âmbito do próximo Quadro Financeiro Plurianual 2028-2034, "que poderá colocar em causa o princípio da subsidiariedade e reduzir a capacidade de resposta às especificidades regionais".
Neste contexto, a Madeira e os Açores comprometem-se a "unir esforços, tanto a nível interno como no seio da CALRE — Conferência das Assembleias Legislativas Regionais da Europa — onde já foi elaborado um parecer sobre esta matéria, em sede da própria CALRE", indica a mesma nota.
Por fim, os presidentes dos parlamentos das duas regiões, destacaram a importância de retomar as Jornadas Parlamentares Atlânticas, interrompidas desde 2020 devido à pandemia, sublinhando o valor deste fórum de cooperação entre as regiões insulares da Macaronésia — Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde — como "espaço de diálogo e de construção de estratégias conjuntas para enfrentar os desafios comuns e reforçar o poder negocial junto da União Europeia".