
As preocupações com o aumento do custo de vida marcaram o tradicional desfile do 1.º de Maio, com todos os partidos a exigirem melhores condições salariais. A tarde de feriado foi também celebrada por muitas famílias e amigos nos jardins da Alameda, em Lisboa, e na Avenida dos Aliados, no Porto.
Álvaro Pereira veio de Castelo Branco só para estar nas celebrações do 1.º de Maio em Lisboa. Aos 88 anos, garante, vive preocupado com o que anda por aí:
“Mas tenho esperança de que aquelas pessoas que tiveram a coragem de fazer o 25 de abril e aqueles que os acompanham, tenho esperança de que não deixem avançar algumas aves que andam por aí a voa a tentar dar cabo do que se conquistou.”
Álvaro lembra-se como se fosse hoje, já Ana tinha apenas quatro anos quando o país celebrou pela primeira vez em liberdade o Dia do Trabalhador.
Desde então, todos os anos faz questão de assinalar o dia para que ninguém esqueça o que se conquistou naquele abril de 74.
O grupo de amigos que a acompanhou ficou-se pelo convívio na Alameda. Por razões físicas, já não faz o percurso que começa no Martim Moniz e onde os partidos esquerda são presença garantida.
Na capital, o desfile liderado pela CGTP preencheu os jardins da Alameda com exigências ao próximo Governo de melhores condições salariais.
Aliados enchem-se em dia de celebração
No Porto, milhares juntaram-se na Avenida dos Aliados e com os médicos a juntarem-se à concentração. A liberdade de abril une-se ao 1.º de Maio num dia que é de todos e de luta para todas as classes profissionais.
A concentração pôs-se a caminho com centenas de pessoas numa volta pela cidade do Porto, que começou e terminou na Avenida dos Aliados.