A cidade do Funchal será palco este domingo, 15 de Junho, de uma concentração contra a violência, a desigualdade social e a impunidade.

A manifestação surge na sequência do acto de violência perpetrado esta terça-feira contra o actor Adérito Lopes, da companhia de teatro A Barraca. O actor foi agredido por um grupo de extrema-direita, em Lisboa, quando entrava para o espetáculo com entrada livre 'Amor é fogo que arde sem se ver', em homenagem a Camões.

A concentração terá lugar pelas 16 horas de domingo, em frente ao Teatro Municipal Baltazar Dias.

Para já é desconhecida a origem deste movimento de cidadãos, mas sabe o DIÁRIO que o apelo surge de personalidades ligadas ao teatro.

"Não queremos viver num país do medo", pode ler-se numa convocatória partilhada nas redes sociais, que lamenta "o ataque cobarde do grupo neonazi ao actor Adérito Lopes".

Sabemos que esta onda de ataques a migrantes, pessoas racializadas, pobres e trabalhadores da cultura não vai ficar por aqui. Está a crescer alimentada pela impunidade judicial, pelo silêncio e pela desigualdade económica .Juntamo-nos domingo em solidariedade, para estarmos juntos e para nos organizarmos para mudar isto tudo - é a tarefa do nosso tempo combater este país desigual sem nunca sacrificar os direitos fundamentais entre os quais a liberdade de expressão. Este não é o momento de ficares em casa! Convocatória da concentração "Não queremos viver num país do medo"