A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, sugeriu uma cimeira urgente entre Estados Unidos, países europeus e aliados sobre desafios comuns como a Ucrânia, para evitar "divisões que enfraquecem o Ocidente".

Meloni, uma das poucas líderes europeias que Donald Trump tem elogiado publicamente, divulgou um comunicado após uma discussão pública do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em Washington com o anfitrião Presidente norte-americano.

"É necessária uma cimeira imediata entre os Estados Unidos, os Estados europeus e os aliados para falar francamente sobre a forma como pretendemos enfrentar os grandes desafios de hoje, a começar pela Ucrânia, que defendemos juntos nos últimos anos, e aqueles que seremos chamados a enfrentar no futuro", disse a chefe do governo italiano no comunicado divulgado pelo seu gabinete.
"Esta é a proposta que a Itália tenciona apresentar aos seus parceiros nas próximas horas", acrescentou.

Meloni apelou ainda a que se evitem divisões entre os países ocidentais.

"Cada divisão do Ocidente enfraquece-nos a todos e favorece aqueles que desejam ver o declínio da nossa civilização, não do seu poder e influência, mas dos princípios em que foi fundada, em primeiro lugar e acima de tudo a liberdade", observou Meloni.

"Esta divisão não convém a ninguém", advertiu a líder do partido nacionalista Irmãos de Itália, considerada uma das principais aliadas de Trump na Europa.

Meloni tem demonstrado estreita sintonia com Trump, que chegou a visitar pouco antes da tomada de posse na sua residência de Mar-a-Lago, tendo estado também presente na sua tomada de posse.

A primeira-ministra italiana destoou das declarações de outros líderes europeus, que manifestaram sobretudo apoio a Zelensky e prometeram continuar a ajudar Kiev na luta contra o invasor russo, iniciada há três anos.