O programa de spyware Pegasus, ligado à empresa israelita NSO (Niv, Shalev y Omri), infetou 50.000 telemóveis, tanto iOS como Android, pertencentes a jornalistas, ativistas e políticos, através de 'links' maliciosos que não exigem qualquer ação do utilizador na sua instalação.

Esta ferramenta permite aos responsáveis aceder remotamente ao equipamento, bem como controlar e obter informações pessoais do proprietário do dispositivo, tendo a possibilidade de controlar a câmara e o microfone do 'smartphone'. 

Em 2020, a Meta acusou o grupo NSO de infetar uma rede de servidores nos Estados Unidos para invadir centenas de telemóveis e espionar cerca de 1.400 utilizadores, através do WhatsApp.

Na sequência desta alegação, o grupo NSO foi considerado culpado no ano passado pelo Tribunal Federal da Califórnia pelos ataques a estes utilizadores, pelo que a NSO terá de pagar à Meta por danos e prejuízos, cerca de 444.719 dólares (aproximadamente 391 mil euros) e 167.254 milhões de dólares em danos punitivos (cerca de 147 milhões euros).

Através de uma publicação, a Meta refere que esta decisão é um importante passo para a privacidade e segurança, uma vez que "representa a primeira vitória contra o desenvolvimento e a utilização de 'spyware' ilegal que ameaça a segurança e privacidade de todos".

 

PYR // EA

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