A elevada afluência às urgências continua a exercer pressão sobre os hospitais, mas, esta terça-feira, a situação está mais calma, contudo os especialistas alertam que o pico da gripe ainda não chegou. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, recusa a ideia de que o plano de Inverno para o SNS esteja a falhar.
Mais infeções respiratórias e mais casos de gripe têm feito aumentar o tempo de espera nas urgências um pouco por todo o país.
Muitos hospitais foram obrigados a ativar o plano de contingência para conseguir dar resposta à elevada afluência, que, agora, parece estar a baixar.
Na manhã desta quarta-feira, na região de Lisboa, o Hospital Beatriz Ângelo era onde a situação estava mais complicada: um doente urgente tinha de esperar mais de cinco horas para ser visto por um médico.
No Santa Maria, Amadora-Sintra, São Francisco Xavier, a situação é muito mais tranquila do que na segunda-feira: o tempo médio de espera não ultrapassava as duas horas.
No Hospital de Portimão cenário idêntico, assim como nos do Norte. São João, no Porto, e Padre Américo, em Penafiel, cumpriam o tempo de espera recomendado.
Situação pode voltar a piorar
Apesar da melhoria, os especialistas dizem que, com o aumento do número de casos de gripe que ainda são esperados, a situação poderá voltar a piorar.
Para evitar o contágio a vacinação continua a ser um dos comportamentos a ter em conta.
A campanha de vacinação está a decorrer desde dia 20 de setembro e o agendamento pode ser feito em qualquer farmácia ou unidade de saúde local.
Plano de inverno está a falhar? "Não posso reconhecer isso"
Esta terça-feira, a ministra da Saúde recusou a ideia de que o plano de Inverno para o SNS esteja a falhar.
Ana Paula Martins reconheceu, no entanto, que há tempos de espera demasiado elevados.
Nos últimos dias, houve doentes que chegaram a esperar cerca de 17 horas nas urgências da região de Lisboa e Vale do Tejo.