O Governo português pede "máxima contenção" à autoridades moçambicanas e o "cessar imediato da violência" e está disponível para ser mediador em Moçambique. Estas foram algumas das mensagens transmitidas pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, a Daniel Chapo, o "Presidente eleito" de Moçambique, que deve tomar posse no dia 15.


Segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro, Montenegro falou ao telefone com Chapo, a quem pediu "máxima contenção por parte das autoridades moçambicanas e de todos os responsáveis políticos, de forma a contribuir para um clima de paz, de segurança e de diálogo inclusivo, que permita abordar as causas profundas das tensões políticas e sociais no país".

"A conversa permitiu reiterar as mensagens de forte preocupação do Governo português com o clima de violência e de tensão que se seguiu às eleições de 9 de outubro, lamentando profundamente as perdas de vidas humanas. Foi abordada a necessidade de assegurar um cessar imediato da violência e de garantir a segurança da população e de todos os atores políticos, designadamente dos que foram candidatos a 9 de outubro", divulga o gabinete do primeiro-ministro em comunicado.

Nessa conversa com Chapo, Montenegro salientou também que "a proteção da comunidade portuguesa residente em Moçambique é uma prioridade absoluta para o Governo português, que permanece ativo no apoio e na salvaguarda da segurança dos seus cidadãos". Segundo o comunicado, o primeiro-Ministro "reiterou a disponibilidade do Governo português para trabalhar com as autoridades e com as restantes forças políticas e da sociedade civil, em todas as frentes, para ultrapassar as atuais dificuldades".