Morreu Rose Girone aos 113 anos, a mais velha sobrevivente do Holocausto. A morte foi confirmada pela família e a Claims Conference, uma organização que representa a comunidade judaica e indemniza as vítimas da Alemanha nazi.

A sobrevivente do Holocausto estava na reta final da gravidez quando o seu marido Julius Mannheim, um judeu alemão, foi enviado para o campo de concentração de Buchenwald, no leste da Alemanha. Terá sido através de um postal que o marido ficou a saber do nascimento da filha, Reha Bennicasa, em 1938.

Rose Girone no seu 105º aniversário em 2017.
Rose Girone no seu 105º aniversário em 2017. Wiki Gerontologia

Rosa Girone, cujo nome de nascimento era Rosa Raubvogel, conseguiu que o marido fosse libertado do campo de concentração e viajou com a família para Xangai, na China, graças a vistos chineses. Em 1941, com o Japão em guerra com a China, foi obrigada a viver com o marido e a filha recém-nascida no interior de uma casa de banho inacabada, infestada de ratos, num gueto judeu durante sete anos.

Em 1947, após a guerra, Rosa Girone mudou-se para os Estados Unidos e divorciou-se do marido. Voltou a casar em 1968, desta vez com Jack Girone, adotando o seu apelido.

Rosa Girone nasceu em 1912 na Polónia, mas quando era criança foi viver com a família judaica para a Alemanha. Sobreviveu à I e II Guerra Mundial, a duas pandemias e acabou por morrer a 24 de fevereiro, numa casa de repouso em Bellmore, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.