Um antigo ministro do Governo de Margaret Thatcher e dirigente do Partido Conservador do Reino Unido, Norman Tebbit, morreu na passada segunda-feira dia 7, aos 94 anos, anunciou a família.

Num comunicado, o filho William adiantou que o pai morreu "pacificamente em casa" às 23h15 da noite de segunda para terça-feira, tendo o amigo Michael Dobbs revelado, em declarações à BBC, que o antigo político já estava frágil há algum tempo e tinha estado hospitalizado recentemente.

Norman Tebbit foi um dos ministros mais proeminentes da era na década de 1980, quando foi ministro do Emprego e, mais tarde, ministro do Comércio.

Norman Tebbit: coragem, tragédia e o legado do Thatcherismo

Durante o seu tempo no Governo, foi responsável por legislação que enfraqueceu os poderes dos sindicatos e pela privatização da empresa de telecomunicações British Telecom.

Foi durante os motins de Brixton em 1981 que fez a célebre declaração de que, quando o pai estava desempregado, não se revoltou, mas "montou a bicicleta e procurou emprego até encontrar".

Em 1984, ficou ferido num atentado bombista do grupo paramilitar irlandês IRA durante a conferência do Partido Conservador, em Brighton, no qual cinco pessoas morreram.

A mulher, Margaret, foi ferida de forma mais grave e ficou paralítica, o que levou Tebbit a afastar-se da política alguns anos mais tarde para tomar conta da dela.

No entanto, o político continuou a fazer intervenções, incluindo a favor da saída do Reino Unido da União Europeia.

A líder do Partido Conservador, Kemi Badenoch, qualificou Norman Tebbit como um "ícone da política britânica" enquanto "um dos principais expoentes da filosofia que agora conhecemos como Thatcherismo".

"O seu trabalho incansável na tentativa de melhorar o nosso país deve ser considerado como uma inspiração para todos os conservadores", vincou, referindo ainda o "estoicismo e a coragem que demonstrou perante o terrorismo".