
Em declarações aos jornalistas à margem de uma iniciativa na Marinha Grande, distrito de Leiria, com trabalhadores por turnos da indústria vidreira, Mariana Mortágua reconheceu que a esquerda "não está na sua máxima força" e "tem dificuldade em contrariar um conjunto de mitos, falsidades e aproveitamentos da extrema-direita", que "vai cavalgando desigualdades".
Apesar de tudo isto, Mariana Mortágua contrariou a ideia de que a esquerda está cansada.
"A esquerda está com muita energia, se há quem tenha lutado contra a extrema-direita na história, foi a esquerda, e ganhámos, e deixámos a extrema-direita no balde do lixo da história, e é aí que a extrema-direita pertence, e a esquerda é uma força essencial para isto", sustentou.
A deputada afirmou que todos os partidos do espetro democrático querem combater a extrema-direita mas argumentou que "é preciso saber como fazê-lo", indo "à raiz dos problemas" das pessoas.
Mortágua falava ao lado do cabeça de lista do partido pelo distrito de Leiria, Fernando Rosas, um dos três fundadores bloquistas que regressaram às listas do partido para a Assembleia mais de uma década depois.
O BE não elege em Leiria desde 2022, altura em que perdeu representação parlamentar neste distrito, conquistada pela primeira vez em 2009.
"Candidatamos o Fernando Rosas por Leiria porque queremos o Fernando Rosas na Assembleia da República e porque é importante ter o Fernando Rosas na Assembleia da República", defendeu Mortágua.
De acordo com a dirigente bloquista, o BE está a disputar em Leiria "uma luta" para voltar a ter deputados no parlamento que se comprometam com a luta do trabalho por turnos, prometendo que o partido vai apresentar um projeto de lei sobre o tema na próxima sessão legislativa.
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