No arranque de mais um período, os professores queixam-se do cansaço devido ao alargado número de horas extraordinárias que têm de fazer devido à falta de professores. Falta essa que se sente sobretudo na Grande Lisboa e na região do Algarve.

Mas este não é o único problema que as escolas têm de enfrentar. É preciso ainda lidar com situações como as greves dos não-docentes e os reduzidos recursos humanos.

A esperança está na revisão do estatuto da carreira docente. Um processo que aos olhos da Federação Nacional dos Professores não tem sido justo.

“Quando chegou a vez da Fenprof negociar apresentaram-nos um texto fechado assinado por outras organizações sindicais. Isto não é negociar. Se o Ministério não mudar a sua postura, voltaremos às ruas”, avisam.

A próxima negociação no Ministério da Educação acontece dentro de uma semana e meia.

Este mês é esperado que se aposentem cerca de 400 professores. Para Filinto Lima, da Associação de Agrupamentos de Escolas Públicas, é preciso investir na carreira docente.

“A palavra de ordem este ano é investir. Pois há muito que investir na Educação. É preciso que o Ministério das Finanças invista na escola pública, nos recursos humanos e na requalificação”, afirma.