
A freguesia do Seixal, no concelho do Porto Moniz, vai contar com um novo monocarril agrícola que ligará o sítio do Lugar à Ladeira do Moinho, numa extensão de 1.934 metros. O investimento, orçado em 1,2 milhões de euros, visa apoiar 76 explorações agrícolas locais e será financiado em 85% por fundos do PRODERAM, sendo os restantes 15% suportados pelo Orçamento da Região Autónoma da Madeira.
O anúncio foi feito pelo secretário regional de Agricultura e Pescas, Nuno Maciel, esta sexta-feira, 20 de Junho, durante a sessão solene comemorativa dos 472 anos da freguesia, onde representou o Presidente do Governo Regional.
Segundo o governante, o novo monocarril irá "rentabilizar a produção dos terrenos agrícolas, com menor esforço laboral por parte dos agricultores", enquadrando-se nos objectivos do Executivo Madeirense em tornar o sector primário "mais eficiente, sustentável e rentável".
Durante a sua intervenção na celebração que teve lugar no salão paroquial do Seixal, Nuno Maciel anunciou ainda a operacionalização de apoios para a manutenção de bardos em urze e para a preservação de vinhas em latada. Os valores definidos são de 750 euros por hectare/ano para os bardos e 1.300 euros por hectare/ano para as vinhas.
O secretário regional destacou também o contributo da freguesia do Seixal para a produção de Vinho Madeira, referindo que quase 80% das 552 parcelas do concelho inscritas no Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM) estão localizadas naquela freguesia.
Nuno Maciel fez ainda referência às piscinas naturais do Seixal, agora concessionadas à junta de freguesia: "Hoje temos uma fonte de receita para a junta, apesar de algumas vozes contra, que na altura se levantaram, estando o património natural do concelho mais bem preservado e ainda mais valorizado.”
O governante rematou recordando as medidas fiscais implementadas pelo Governo Regional para apoiar os concelhos rurais, tais como a redução da taxa de IRC para micro, pequenas e médias empresas sedeadas no Porto Moniz, São Vicente, Santana e Porto Santo, que desceu de 11,9% para 8,75%. Uma medida, disse, "tomada em boa hora, que ajuda a alavancar a economia e a mitigar os desafios que se colocam ao despovoamento dos concelhos rurais”.