
A ideia é simples, direta (e divertida): “fazer com que a Nova Zelândia seja o melhor lugar do mundo para ter herpes”. A campanha foi lançada no ano passado pela New Zealand Herpes Foundation e tornou-se um sucesso tão grande que acabou por ganhar o primeiro prémio do Cannes Lions Awards.
“O nosso vencedor de 2025 pegou num tema tabu e virou-o do avesso - mostrando que, com uma ótima estratégia, uma ideia grande, ousada e louca, e muito humor, tudo é possível”, disse David Ohana, presidente do júri do Cannes Lions, cita o The Guardian.
A campanha, que tinha como objetivo desestigmatizar o herpes, utilizava um vídeo ‘falso’ vídeo publicitário sobre o turismo da região e foi distinguido com o Grand Prix for Good - uma categoria focada em destacar o trabalho das organizações sem fins lucrativos.
O anúncio é protagonizado por Graham Henry, antigo treinador da seleção nacional de râguebi que (ironicamente) lamenta que os sucessos do país tenham ficado no passado, - como a “vergonhosamente baixa” proporção de ovelhas por habitante, ou as tortas que “custam quase sete dólares”.
Por isso, diz que é preciso “algo novo” para trazer de volta o orgulho nacional, “algo grande e corajoso” que coloque o país de novo no mapa. “É hora da Nova Zelândia se tornar o melhor lugar do mundo para se ter herpes”, diz Graham.
Assim, é apresentado o “curso de desestigmatização do herpes” que vai ser liderado por figuras importantes do país.
Segundo a BBC, que cita a New Zealand Herpes Foundation, a doença é bastante comum no país. Cerca de uma em cada três pessoas terá o vírus, ainda que maioria tenha apenas sintomas leves e possa levar uma vida normal.