A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (UNESCO) inscreveu hoje o Parque Nacional de Maputo na lista do Património Mundial da humanidade e declarou as ilhas Bijagós na Guiné-Bissau como Património Mundial Natural.

A inscrição foi adotada esta manhã durante a 47.ª reunião da organização, que decorre em Paris, com a UNESCO destacar que o Parque Nacional de Maputo "inclui ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos, e abriga quase 5.000 espécies. O local complementa os valores de conservação de iSimangaliso [parque contíguo da África do Sul], aprimorando a proteção da biodiversidade em todo ecossistema da região de Maputo".

Acrescenta-se que o local apresenta "habitats diversos, incluindo lagos, lagoas, mangais e recifes de corais", incluindo longas praias, dunas, pântanos, extensas zonas húmidas, diversas ervas, fornecendo um habitat para uma gama de espécies marinhas da África do Sul, destacando-se igualmente a sua conservação de longa data.

O Parque de Maputo está ligado ao parque das Zonas Húmidas iSimangaliso, na África do Sul, que já tem estatuto de património mundial, sendo um dos locais indicados antes como "excecional potencial" para o estatuto de Património Mundial pela IUCN, órgão consultivo oficial sobre natureza do comité do Património Mundial.

Ilhas dos Bijagós declaradas Património Mundial Natural

As ilhas dos Bijagós, na Guiné-Bissau, foram elevadas a Património Mundial Natural, tornando-se no primeiro sítio do país africano a integrar a lista da Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

Esta é "uma conquista histórica " para a Guiné-Bissau, com as ilhas consideradas um tesouro natural reconhecidas com o estatuto mundial.

A comitiva chefiada pelo ministro do Ambiente, Viriato Cassamá, festejou na sala da Unesco, em Paris, o anúncio, que será motivo de celebração, também hoje em Bissau.