
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (UNESCO) inscreveu hoje o Parque Nacional de Maputo na lista do Património Mundial da humanidade.
A inscrição foi adotada esta manhã durante a 47.ª reunião da organização, que decorre em Paris, com a UNESCO destacar que o Parque Nacional de Maputo "inclui ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos, e abriga quase 5.000 espécies. O local complementa os valores de conservação de iSimangaliso [parque contíguo da África do Sul], aprimorando a proteção da biodiversidade em todo ecossistema da região de Maputo".
Acrescenta-se que o local apresenta "habitats diversos, incluindo lagos, lagoas, mangais e recifes de corais", incluindo longas praias, dunas, pântanos, extensas zonas húmidas, diversas ervas, fornecendo um habitat para uma gama de espécies marinhas da África do Sul, destacando-se igualmente a sua conservação de longa data.
O Parque de Maputo está ligado ao parque das Zonas Húmidas iSimangaliso, na África do Sul, que já tem estatuto de património mundial, sendo um dos locais indicados antes como "excecional potencial" para o estatuto de Património Mundial pela IUCN, órgão consultivo oficial sobre natureza do comité do Património Mundial.
Parque Nacional das Cavernas do Perauçu inscrito também
Também o Parque Nacional das Cavernas do Perauçu, em Minas Gerais, Brasil, foi incluído na lista do Património Mundial da UNESCO, elevando para 25 o número de locais do Brasil nesta seleção.
O anúncio foi feito esta tarde, a partir de Paris. Área protegida desde 1999, o parque integra uma superfície de 564 quilómetros quadrados de floresta baixa atravessada pelo rio Peruaçu, na zona norte do estado de Minas Gerais.
A UNESCO apontou que o parque está "situado na intersecção dos biomas Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica e abriga mais de 2.000 espécies de plantas e animais, incluindo muitas ameaçadas".
Esta é a 25.ª vez que a UNESCO atribui a classificação de Património Mundial no Brasil e junta-se a locais como as Cataratas do Iguaçu ou o centro histórico da cidade colonial de Ouro Preto.
"Desenvolvida no cratão estável de São Francisco, a paisagem reflete as principais mudanças climáticas e geológicas do Plioceno-Pleistoceno", destacou a UNESCO sobre o património recém-inscrito.
Artigo atualizado às 19h25