O Expresso está a avançar que a Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária (PJ) realizou buscas em plantações de canábis medicinal em diversos pontos do pais, incluindo a ilha da Madeira.

O mesmo meio de comunicação social refere que já foram realizadas 64 buscas em plantações de canábis por suspeita de tráfico internacional de droga. Já foram desenvolvidas diversas detenções de suspeitos de pertencer a um grupo criminoso dedicado à introdução de "grandes quantidades de canábis em vários mercados europeus e africanos."

Explica, ainda, que foram cumpridos seis mandados de busca em Espanha, um na Bulgária e outro no Chipre.

Nesta operação, denominada de 'Erva Daninha', participaram 300 inspectores, 48 peritos e 24 seguranças da Polícia Judiciária, seis magistrados do Ministério Público e três juízes.

A Agência Lusa avança, ainda, citando a CNN Portugal, que o negócio da plantação de canabis medicinal em Portugal começou numa empresa do antigo ministro da Administração Interna Ângelo Correia e acabou vendido à Curaleaf, uma multinacional acusada de ter ligações à Rússia.

Segundo escreve a CNN Portugal, a empresa Terra Verde foi em 2014 a primeira em Portugal a ter autorização de plantação de canábis exclusivamente para fins medicinais.

A licença colocou Portugal no topo das exportações mundiais de canábis, mas o negócio foi vendido e, segundo a CNN, o Ministério Público e a Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ acredita que está pervertido.

Sob a fachada dos fins medicinais, numa área com regras de exportação e venda apertadas, os atuais responsáveis da empresa são suspeitos de fazerem tráfico de haxixe em larga escala, para o tradicional consumo no mercado ilegal e não para fins medicinais, conta a CNN.

Contactada pela Lusa, fonte da PJ confirmou que há detenções, disse que se trata de uma grande operação e remeteu para o final da tarde mais informação.