Numa altura em que o Governo está a ser alvo de críticas e escrutínio devido à forma como lidou com os incêndios florestais, o líder dos socialistas e ex-ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, avalia na SIC Notícias a prestação do Executivo liderado por Luís Montenegro. O que faltou fazer? O líder socialista responde.

Diretamente de Ponte de Sor, o secretário-geral do PS, que tem percorrido a Nacional 2, revela que tem ouvido por parte das populações "um apelo muito claro a que haja um compromisso com a coesão e com o desenvolvimento do país".

Razão pela qual questiona o Executivo:

"Onde é que se encontra o programa para a valorização do interior definido pelo Governo anterior com mais de 6.000 milhões de euros de investimento?"

O socialista acusa o atual Executivo de demorar a responder e de fazer recuar projetos que estavam em curso para a valorização do interior.

Lembra, antes de regressar às críticas, que 2022 e 2023, quando o Governo ainda era PS, foram dois dos anos onde houve menos ignições e "melhores indicadores de combate" às chamas.

"O mais importante é o primeiro-ministro e o Governo tomarem consciência de que a população portuguesa ficou com uma noção da insensibilidade do primeiro-ministro e do Governo em relação a um problema trágico e grave que se estava a abater sobre as populações", diz, referindo-se à Festa do Pontal, que marcou a reentré política do PSD.

José Luís Carneiro quer ser parte da solução e, por essa razão, assume estar disponível para assinar um pacto com o PSD para que se possa, finalmente, colocar no terreno as medidas que o país necessita pra evitar situações de incêndio de dimensões catastróficas.

Como parte da solução aponta o investimento nas agricultura, nas florestas e na coesão do país, "organizando o modelo do Estado em função dessas necessidades".


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